Tibúrcio Taiada


Artista: Marcelo Rocco
Palhaço: Tibúrcio Taiada
Companhia: Cia do Riso
Naturalidade: Campinas
Nacionalidade: Brasileiro
Data Nascimento: 14/03/1981
Telefone: (31) 8744 3828
Email: Marcelo rocco1@hotmail.com
Blog: ciadoriso.blogspot.com

Comecei a pesquisar o universo do palhaço desde os 15 anos, em uma casa de cultura do interior de São Paulo onde morava, na cidade de Valinhos, vizinha de Campinas. Minha professora, a atriz Alessandra Buffa, introduziu jogos e elementos cênicos clownescos aos alunos para diversificar a possibilidade atoral de improvisação e comicidade. Éramos muito jovens e não tínhamos o entendimento preciso sobre o que era aquilo, achei um tanto penoso, árduo, o processo, e não via graça nos palhaços que conheci na infância, palhaços que ficavam em portas de lojas para fazerem propagandas - então, olhava o nariz vermelho com preconceito. Mas na faculdade, no início da graduação na Universidade Federal de Ouro Preto, comecei a fazer incansavelmente exercícios de improvisação que chegavam ao universo ingênuo e cômico do palhaço. Uma grande amiga e atriz que já estudava palhaço, Eliana Correia, me convidou para participar de um projeto sobre o estudo do palhaço, por me achar cômico. E foi em um exercício de improvisação que meu palhaço, muito Branco, aliás, apareceu. Aos poucos, fui dando elementos para ele e para a minha mala de objetos. Tibúrcio era um nome que me fazia rir desde a infância, e precisava de um nome para começar. Iniciamos, sob a coordenação de Eliana, o projeto “O Palhaço no Hospital”, em Mariana, Ouro Preto e Itabirito, todos Minas Gerais. E foi na marra, no improviso, que meu palhaço foi crescendo e descobrindo uma infinidade de possibilidades. Ela dirigiu um espetáculo em que havia trabalhado desde Campinas, “Alguns Pecados Capitais”, que era a visão dos Pecados humanos sob a ótica dos palhaços. Este espetáculo tornou-se um grande sucesso nas cidades mineiras, e trabalhamos com ele durante cinco anos. Como era recheado de surpresa e improviso, pude me abrir sem armas, para o novo, para o provocativo universo do palhaço, que revela as fragilidades e mazelas humanas de maneira genuína. O hospital também abriu as portas do riso para nós, em uma atitude positiva perante as doenças dos internos, na busca de uma relação profícua entre o palhaço trajado de médico e o paciente. Tínhamos função de fazer rir com responsabilidade, sem agredir o leito hospitalar. Assim, os atores investiram na pesquisa do palhaço e terapia, indo estudar com pessoas ligadas ao clown, tais como Ésio Magalhães, Carlos Simioni, Renato Ferracini, Tiche Vianna, Doutores da Alegria, etc. Este conjunto de mestres nos auxiliou na busca de trajetórias entre o riso e o palhaço, sendo divisores de água no trabalho profissional e autoral do criador-palhaço ou palhaço-criador. Atualmente, trabalho no Instituto Mário Penna em Belo Horizonte, Hospital Luxemburgo e em outras cidades do interior mineiro. Acredito que o palhaço é uma construção infinita de amadurecimento pessoal, pois todos os dias, descubro novas possibilidades, sem fechar em uma fórmula encerrada em si. E todas as pessoas de nariz vermelho que passam pelo meu caminho, colaboram com a inovação e renovação do Tibúrcio, pois ele enxerga em pequenos detalhes como um brinco, um sorriso, um jeito, uma roupa, a possibilidade de fazer rir, de emocionar.

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