Popó

Artista: Paulo Sérgio Pires
Palhaço: Popó
Naturalidade : Belo Horizonte
Nacionalidade : Brasileiro
Data de nascimento : 12/01/1972
Telefone : 31-99788541
E-mail :
paulosergio72@hotmail.com
palhacopopo@gmail.com

Meu palhaço começou a surgir com os espetáculos do Grupo Armatrux, o qual fundei, dirigi e atuei por 12 anos. A fusão de linguagens do teatro de rua, do circo, dos bonecos foi o ponto de partida do grupo. Mas nessa época os personagens palhaços eram criados para cada espetáculo, ou seja, criei alguns palhaços. O trabalho de pesquisa do grupo para mim foi de extrema importância. Todos os cursos, oficinas, workshops e trocas com outros grupos de teatro e circo foram me mostrando as técnicas e possibilidades do palhaço e também me dando a certeza de que era isso o que eu queria como profissão. Quando saí do Armatrux e passei a trabalhar em carreira solo, fui chamado para um teste para o programa TVX, da TV Horizonte, com vários palhaços de BH. Fui escolhido para apresentar com um palhaço o programa, pois o palhaço Viralata, Rodrigo Robleño, estava deixando o TVX. A mistura de criar um personagem e apresentar um programa de televisão foi o que me motivou a criar o palhaço Popó, aquele que seria o meu palhaço, ou seja, utilizei toda a bagagem de espetáculos, cursos, vivências, experiências para criá-lo. Pude criá-lo da maneira que eu desejava, com minhas lembranças de infância, minhas referências e ideologias. Mas tive algumas premissas, como pensar na linguagem da TV para crianças e no caráter educativo do programa. O momento da criação do personagem juntamente com o início das gravações ao vivo na TV Horizonte foram bastante difíceis. O personagem ainda estava se consolidando, se encontrando, esse processo de descoberta do palhaço durou uns seis meses. E o aprendizado da linguagem televisiva também demorou um pouco até ser interiorizado e eu poder me dedicar à construção do personagem sem me preocupar tanto com a técnica da TV. A partir daí, o processo foi um pouco mais tranqüilo, porque nunca é tão tranqüilo, continuei fazendo cursos, comecei a apresentar na rua e outros espaços novamente e pude fazer do programa TVX um verdadeiro laboratório, um espaço de aprendizado, de pesquisa, de experimentação da linguagem palhacesca. Tendo sempre em mente que o público é de crianças de todas idades, que a construção de pequenas cenas abordariam temas de interesse do público infantil e do cunho educativo sem deixar de lado o caráter lúdico, excêntrico, provocador de risos e transformador do palhaço. As referências para a construção do meu palhaço são muitas, são da minha própria experiência de vida, do trabalho de pesquisa do Armatrux, de grupo belorizontinos como o Galpão e o Andante. Mas um momento muito importante pra mim foi quando comecei a conhecer e assistir grupos de outros estados, como os Parlapatões, Intrépida Trupe, Irmãos Brothers e Circo Zanni, que me mostraram outros métodos e maneiras de trabalhar o palhaço. E finalmente, quando conheci os que, para mim, são grandes mestres da palhaçaria: Tortell Poltrona, Jango Edwards, Léo Bassi, Chakovachi, Sue Morrisson. Estes últimos me ensinaram e ensinam o quão nobre, necessária e difícil é a arte do palhaço, mas que com dedicação árdua e tempo é possível chegar onde eles chegaram. O trabalho de pesquisa sempre foi pautado por momentos criativos, de leitura, de troca de experiência, de cursos e oficinas em diversas áreas. O teatro, a dança, a música, os bonecos, o circo, a mímica, e o palhaço são áreas de interesse, pesquisa e de utilização prática, tanto na televisão quanto no teatro de rua. A carreira de artistas circense, de palhaço não é muito tranqüila, o caminho é longo e tortuoso, nem sempre bem remunerado, nem sempre valorizado. Mas com certeza é o meu caminho, a profissão que escolhi, que me motiva e me realiza pessoalmente e profissionalmente. Um espetáculo bem feito, a ocupação de espaços, na mídia, na rua, com o palhaço Popó e a possibilidade de levar diversão e sorrisos para o público, e muitas vezes conseguir isso, é o que me motiva a prosseguir nessa jornada.

_______________________________________________________________

Um comentário:

HERMES PERDIGÃO disse...

É ser palhaço não é fácil, as crianças ás vezes pensam que por trás da maquiagem existe um outro palhaço.